sábado, 21 de fevereiro de 2009

Tepequém Mountain - A Nice Place to Stay

Esta é uma bela visão do setor sudoeste da serra Tepequém, Roraima. Este testemunho sedimentar há bilhões de anos atrás fazia parte de uma grande bacia e cuja maior área contínua está na atualidade representada pelo Bloco Sedimentar Pacaraima que recobre parte da Venezuela, Brasil e Guiana (ex-Inglesa) junto à linha de fronteira tríplice e onde se situa o Monte Roraima e o Monte Caburaí, este, nosso ponto mais setentrional.

A serra Tepequém forma um conjunto vulcânico, vulcanoclástico e sedimentar, cujo substrato está relacionado a uma caldeira de subsidência vulcânica (cauldron). Alguns flancos da serra revelam espessos pacotes de fanglomerados (leques aluviais) oriundos das paredes da caldeira (Reis et al. 2009). Um metamorfismo de muito baixo grau e suaves dobramentos associados a falhamentos registram eventos tectônicos tardios no intervalo 1,2 - 1,4 Ga.

O Tepequém constituiu uma área de intensa atividade garimpeira para ouro e diamante, com destaque para as décadas de 50 e 60. Naqueles idos, atingir seu topo só por trilhas e com a ajuda de tropas de burros no transporte de material e rancho. Algum tempo após foi construída uma pista de pouso para pequenas aeronaves. Daí veio a garimpagem mecanizada. Pacotes conglomeráticos monomíticos de uma fácies fluvial entrelaçada foram os responsáveis pela pretérita mineralização, hoje aluvionar.

Dois principais igarapés tem suas nascentes no Tepequém: Paiva e Cabo Sobral. A cachoeira da foto fica no igarapé Paiva e possui maior desnível na ordem de uns 250 metros. O curso d'água aparece de forma escalonada, com vários patamares de rocha arenítica bastante resistente. Esses patamares mostram acentuado mergulho das camadas para nordeste, cuja sucessão de rochas expõem suaves dobras em sinclinais e anticlinais. O termo tepuy ou mesa tem sido aplicado à essas exposições sedimentares.

O Tepequém é uma área sob proteção ambiental e possui dezenas de atrativos à sua visitação: belas cachoeiras, trilhas para trekking, paisagens, estrutura para camping & pousadas, abundante fauna e flora (savana), além de uma agradável temperatura que contrasta àquela da região de entorno (florestas e pastagens).

Dista aproximadamente 200 km da capital Boa Vista, se chegando por lá através de rodovias sempre asfaltadas e que inclui 100 km da BR-174 (Boa Vista - vila Paraima).

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Locomotiva Zagaya & Futebol de Mesa

No período entre 1984 e 2001 (aproximadamente), ou seja, quase 20 anos, pratiquei o futebol de mesa em Manaus pela Associação Galáxia Jocamar de Futebol de Mesa. A regra adotada por aqui era a de três toques, mais interessante por exigir maior estratégia de jogo.
Por ser torcedor alvinegro carioca, passei a representar o Botafogo durante algum tempo. Com o amadurecimento do meu jogo e melhoria no time (botões mais leves e com características próprias) passei a adotar o nome original de Locomotiva Zagaya. Por esta época, vários outros técnicos também passaram a batizar seus times com nomes originais, caso do Jardim Botânico do grande botonista amazonense, José Carlos Matos.
E o Zé também era um dos fundadores da Jocamar e o principal articulador do futebol de mesa no Amazonas. Jogava bonito e com estilo e infernizava com seu camisa 10, o Edu.
Mas voltando ao Locomotiva, pude durante este período conquistar vários campeonatos pela Jocamar através de seus torneios que aconteciam ao longo de todo o ano. Daí participar de campeonatos amazonenses, de uma Copa Norte-Nordeste e de dois campeonatos brasileiros foi um pulo. Conseguí o título amazonense em 1989.
Bom, pra' matar as saudades, aqui vai a escalação do Locomotiva Zagaya: 1 - Aranha; 2 - Dom Pepe; 83 - Du Toit (o grande artilheiro do time); 4 - Della Santa; 5 - Da Silva; 6 - Cardoso; 7 - Mané; 8 - Gerson; 9 - Fritz; 10 - Zappa; 11 - Guimarães Galagão. No banco, 12 - Nelsinho Acarajé e 13 - Abdul Jabá. Bons tempos!