quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Manicoré e a 15 de Maio


As margens ou "beiradões" de importantes rios amazônicos escondem muitas histórias traduzidas por vestígios de antigas edificações que apontam para períodos de assentamento de povoados e vilas ribeirinhas e de seu temporário progresso frente às circunstâncias do comércio de produtos, via-de-regra, extrativista.
Circulando recentemente por Manicoré, sudeste do Amazonas, descobrí a rua 15 de Maio, espremida entre um monumental barranco que sombreia o rio Madeira nessa época de estiagem - verão amazônico. Ralo calçamento de pedras subarredondadas parcialmente recoberto pelo asfalto e traços de prédios com inscrições comerciais apagadas pelo tempo e esquecidas pelas gerações calypsianas e governantes apressados pelo poder. Para além, a matriz de Nossa Senhora das Dores, a padroeira do lugar.
Manicoré é a sede do município de mesmo nome e se situa na margem direita do rio Madeira, grande traço de águas barrentas que desembocam no Médio Amazonas, a jusante de Itacoatiara.