
Estamos na vila Paredão ou na menos conhecida "Reislândia". Eu também não conhecia esse nome, já que nesta área de Roraima, a NW da capital Boa Vista, o termo "Paredão" guarda analogia com uma cachoeira do rio Mucajaí. Este acidente geográfico já esteve na lista das muitas pautas de construção de uma hidrelétrica no Estado, juntando-se ao Bem-Querer no rio Branco e Tamanduá no rio Cotingo.
Bom, a vila Paredão integra uma área de assentamento agrícola pelo INCRA e possui várias vicinais ("vicinais" são estradas não-pavimentadas onde os colonos são fixados em lotes para que ali desenvolvam a pecuária e agricultura). Anda meio-esquecida pela prefeitura de Alto Alegre, a qual faz parte do município. Apesar de usufruir da rede elétrica de Guri, Venezuela, que chega à Boa Vista, o abastecimento d'água ainda é precário. Mas a região é bonita e assentada pela natureza em meio a colinas e serranias. Muito verde cortado por igarapés recheados de lajes de granitos. Em algumas dessas lajes a gente encontra marcas de "amoladores de pedras" feitos pelos indígenas há muitos anos atrás. São sulcos escavados na pedra utilizando uma outra pedra, esta, possivelmente para se transformar em um artefato (machado, por exemplo). É um dèjavú à idade da pedra.
E no silêncio da noite, o bar do "Negão da Abóbora" reúne a comunidade para uns tragos e uma sinuca. Particularmente, me sentí em casa, já que tenho o sobrenome "Reis". Se você quer saber mais, deixe seu comentário.